Alcorão ou Corão é o livro sagrado do Islão a palavra deriva
de um verbo árabe que significa declamar ou recitar; o Corão é portanto algo
que deve ser recitado.
Os muçulmanos creem que o Alcorão é a palavra de Deus (Alá) revelada
ao profeta Maomé ao longo de um período de vinte e três anos.
O livro descreve as origens do Universo, o Homem e as suas
relações entre si e o Criador. Define leis para a sociedade, moralidade,
economia e muitos outros assuntos. Foi escrito com o intuito de ser recitado e
memorizado, os islamitas consideram o Alcorão sagrado e inviolável.
Esta breve explicação sobre o que é o Corão não nos cria
sentimento algum de receio, pois efectivamente na sua essência nada existe para
ter medo, um texto poderá ter diversas interpretações, pois tudo depende
daquilo que consideramos como sendo “verdades” e o campo religioso estará
sempre pautado por areias movediças, pois não é de agora que em nome de um Deus
maior se cometem atrocidades…
Quem são? E o que quer? Este grupo denominado Estado
Islâmico visto por alguns como terrorista mas que leva jovens inaptados fora do
oriente a deixar o seu lar e ingressar as fileiras do seu “exército”
O Estado Islâmico também conhecido como Daesh ou ISIS é um
grupo radical Sunita criado a partir do braço iraquiano da Al-Qaeda, segue uma
interpretação radical do corão e tem uma visão antixiita. A sharia, lei
islâmica, é seguida de forma rígida e práticas como a decapitação de inimigos e
a pena de morte para homossexuais são comuns. Controla áreas do Iraque e da
Síria.
Este grupo tem a sua origem nas práticas terroristas da
Al-Qaeda, mas desenvolveu as suas próprias regras, a apropriação de territórios
e a formação de um Califado levaram à cisão.
A vida no Califado é baseada na sharia e bastante rígida, um
motivo que poderá explicar a adesão maciça a este grupo é o pagamento aos
combatentes, os 400 Usd que auferem é muito mais do que recebem outros grupos
jihadistas ou os soldados do exército sírio.
Inovadora é também a forma como comunicam, utilizando contas
em redes sociais e exibindo vídeos das suas façanhas no Youtube.
A sua principal fonte de financiamento vem do petróleo pois
apropriou-se de campos de produção e vende 48 mil barris por dia ,nada mais
nada menos do que a Bashar Al-Assad, a turcos e curdos iraquianos. Tem também
nas pilhagens, extorsão e cobrança de impostos nas regiões que controlam outra
forma de ganhar dinheiro.
Se para a Al-Qaeda os responsáveis pela instabilidade no
mundo islâmico são os Estados Unidos e as potências ocidentais, quem serão os
infiéis para o Daesh?
Que motivos os levam a destruir monumentos considerados como
património histórico da humanidade, como a Biblioteca de Mossul ou os vestígios
arqueológicos de Assíria, importantes para todos nós.
Será que no Corão um livro sagrado que tem que estar acima
de todos os outros na estante e que não se pode colocar saliva, vem a dizer que
Alá ordenou que se pilhe e saqueie? Ou que um grupo de radicais se comporte
como piratas terrestres essencialmente interessados em dominar e controlar um
território que se dizia a alguns tempos atrás debaixo do jugo de um ditador….
Dizia acima que a religião é um campo de areias movediças a
política também…. E nem sempre o que consideramos ser as nossas verdades
funcionam em culturas das quais pouco sabemos ou temos dificuldade em entender.
Se em Setembro do ano passado Barack Obama criou uma
coligação de 60 países para travar o Estado Islâmico o que continuamos a
assistir é um aumento da sua importância e capacidade de recrutamento. O
governo sírio escolhe quais as batalhas em que enfrenta o E.I, o iraquiano quer
apoiar os líderes tribais fora da rede do Daesh para ajudá-lo a combate-lo.
Dá vontade de dizer, sem querer ferir susceptibilidades, que
em algumas regiões fazem falta ditadores…..
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