quarta-feira, 20 de maio de 2015

Adorei este texto

SEJA A MULHER DA SUA VIDA



E seja agora! Mas, não, não seja para os outros… nem por eles. Seja sua e por você. Vá na frente, dê o primeiro passo, mude de vida sem pedir a opinião dos outros, sem pedir a permissão do mundo. Descubra-se. Entenda-se. Faça terapia e, quando não der, faça compras. Seja inconsequente e pague por isso. Fique bêbada e pague a conta. Abra a porta do carro, banque uma rodada de choppe e, quando o dia não for de festa, simplesmente diga não. Diga não sem culpa, mas não sem educação. Seja breve na fala e detalhista no pensamento. Aperte firme a mão das pessoas. Sorria. Seja a frente de batalha da sua vida, sem colete à prova de balas. A vida, minha amiga, não é à prova de imprevistos. Não tenha filhos e, se tiver, permita-se ser a mãe que a natureza te formou para ser. Escolha. Viaje. Decida. E, quando ficar em dúvida, simplesmente admita. Venda seu carro, compre uma Komb. Ou, então, financie seu carro zero. Mude. De quarto, de casa, de roupa, de sonhos. Solte as mãos, abra os braços, corte o cordão que te prende ao passado. Não espere, vá. Leia, escreva, escute. Pare de assistir a novelas. Discuta, dispute, desculpe. Seja íntima de si mesma.
Seja a mulher da sua vida. Seja só sua. E não o faça de fachada, não tente impressionar. Impressione-se com a vida. Observe uma borboleta, alimente um gato, acaricie um cachorro. Permita-se ser sensível. Chore. Ser a mulher da sua vida não é ser mais homem, ser a mulher da sua vida é olhar-se no espelho e sentir orgulho do seu próprio sorriso. É respeitar suas próprias decisões em detrimento da opinião dos outros, mesmo que esses outros sejam a sua família. Ser a mulher da sua vida não é ser durona. Faça ioga ou boxe, mas faça o que você gosta. Descubra-se de novo. Perceba o que mudou. Você muda, o mundo muda; mas você muda, não muda nada. Corte os cabelos, nasça de novo. Ajude desconhecidos e aproveite milimetricamente o doce sabor de fazer a diferença na vida de alguém. Mas, antes disso, faça a diferença na sua vida!
Dirija o carro, pague o almoço, ponha o pau na mesa. Sim, você tem um pau bem grande chamado “amor próprio” e ele não está no meio das suas pernas, não. Ame-se. Ame-se muito. Ame-se acima de tudo. E depois de se amar tanto, ame-se mais um pouco. Ame-se sem maquiagem e sem estar em forma, porque do que adianta os elogios de outra pessoa se você mesma não enxerga sua beleza? Enxergue-se. Vista-se de coragem. Convença-se do quão foda você é e, se você não conseguir ser sua própria advogada, é porque ainda não entendeu o que é, verdadeira e intensamente, ser a mulher da sua vida.
Honre-se. Você não nasceu mulher à toa. Você não lutou até agora para se esconder atrás de seus próprios preconceitos. Seja a mulher da sua vida, mas não o seja pra conquistar macho ou apaixonar fêmea. Seja e pronto. E ponto.
E conto… te conto este segredo, que ao compreender este texto você encontrou o seu só seu (re)começo.


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terça-feira, 19 de maio de 2015

Amy Amy Amy

Conheci-a pelo meu irmão lá nos inícios do seu percurso com Frank e foi adoração instantânea. O timbre da voz, as letras e a irreverência, como todos acompanhei a decadência e recebi Rehab como mais uma das obras de uma jovem com um dom mas que não sabia lidar com ele e por isso procurou fugir entrando no mundo das drogas que a acabaram por destruir.
Custa-me sempre ver coisas ligadas a Amy Winehouse não sei se conseguirei ver o documentário exibido pela primeira vez no sábado passado em Cannes, transtorna-me ver como por vezes somos capazes de nos destruir e sem força deixar-nos levar...

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/queriam-que-ela-se-desintoxicasse-e-como-o-pai-achava-que-estava-tudo-bem-ela-disse-nao-nao-nao-1696015

quinta-feira, 14 de maio de 2015

NÃO TENHA PRESSA. MAS TAMBÉM NÃO PERCA TEMPO COM QUEM NÃO TE QUER

Vivemos entremeados de recomeços. Mudamos de casa, de emprego, de cidade. Tem quem muda os amigos, o amor, os conceitos. Fazemos novas escolhas para juntar os pedaços, ou ajustar os ponteiros. Para respirar o ar menos poluído da hora do ‘rush’, e, também, mais leve de rancores. Há aqueles que mudam por necessidade, e, outros, por simples vontade.
Muitas vezes, mudamos do jeito que dá, e encaramos a nova morada ainda vazia. Faltam sofá, mesa e louça limpa. Faltam também certezas, mas levamos a coragem que carregamos no peito. Porque partimos em busca da felicidade.
No início, nos perdemos um pouco. É normal. Nem sempre a nova estrada é bem iluminada. Mas, mesmo ser saber direito como é o chão em que pisamos, sem pensar demais naquilo que nos impulsiona, seguimos em frente. É como retirar um pincel mágico de dentro do bolso e desenhar a luz que nos deslumbra pela vida.
Certa hora, um som de dar arrepios nos fez pensar em voltar atrás. É o barulho estridente da culpa, trazendo o peso carregado do medo de se arrepender. Pensamos nas pessoas que deixamos para trás, e na vida que um dia foi aquilo que sonhamos.
Lembramos que dizer adeus nos corta por dentro, e que as lágrimas nem sempre são suficientes para aliviar a dor. Tem dor que precisa doer até passar sozinha. Até compreendermos que para sermos felizes, infelizmente, algumas vezes decepcionamos alguém. E o contrário também ocorre, tem gente que nos magoa mesmo sem querer. Então, encontramos dentro de nós uma força invencível, e, com nossa gaita invisível, sopramos para longe a melancolia.
Damos risadas nas conversas à toa, ouvimos o barulho dos talheres novos ou velhos, mas diferentes. Sentimos o tique-taque mais calmo, mas atento. O mensageiro do vento nos traz boas novas: não há pressa para ser feliz, só não podemos perder nosso tempo.
Se percebermos que esse projeto não há como ser realizado, faremos novas escolhas. Se alguém que desejamos nos ignora, conheceremos novas pessoas. Nosso lema será não desitir de nós mesmos. Quem desiste, não aprende a sacodir o pó da canseira.
Conscientes de que, na vida, temos poucas certezas, aproveitamos a beleza da descoberta. Desembrulhamos nossas dúvidas e as deixamos livres para voar. Mesmo que a previsão do tempo seja imprevisível, se fará chuva ou sol, não importa. O que interessa é onde estamos, aqui e agora.
Só se acha quem se perde, e não adianta pegar atalhos. A felicidade é uma colcha de retalhos. Passado e futuro. Amor e dor. Alegria e tristeza. Todos se entrelaçam para dar forma e sentido às nossas pegadas. Caminhamos para onde quisermos, e levamos conosco a alma aquecida por essa colcha, dia após dia.
Olhamos para trás para seguirmos em frente. Saudade e esperança caminham juntas. É que já revolvemos nossos vulcões, encontramos algumas raposas e nos despedimos de nossas flores. Agora pegaremos carona com a nova migração de pássaros…
Voemos!
Rebeca Bedone - Revista Bula

sexta-feira, 8 de maio de 2015

The Boat People do Século XXI - Crónica O País de 16 de Maio

Era para ter saído mas parece que vou ter que o engordar, só são 1000 e tal caracteres e têm que ser pelo menos 3000, bom a ver se lhe mexo ou se me enamoro por outro tema qualquer ...

The Boat People foi o nome dado aos vietnamitas que durante 1978-1979 fugiam da sua terra em botes/barcos apinhados de gente para escapar à guerra, tinham como países de destino a Malásia, Indonésia, Tailândia entre outros e como acontece nos dias que correm enfrentavam tempestades, piratas e os perigos de embarcações sobrelotadas.
Desde o ano 2000 já morreram no mar Mediterrâneo 22 mil deslocados e refugiados, a Europa voltou a preocupar-se com a situação quando sensivelmente há 3 semanas morreram 900 pessoas às portas de Itália.
As razões apontadas para esta fuga desenfreada em direcção ao velho mundo são as guerras, perseguições a fome e condições de vida precárias. Os líbios, sírios, somalis, etíopes entre outros pagam a traficantes por uma viagem que poderá ter como destino a morte ou na melhor das hipóteses uma breve estadia num campo de refugiados seguida de extradição, é que não são muitos os estados membros da União Europeia a acolhê-los, em 2014 a Alemanha concedeu vistos de asilo a 173 mil pessoas seguida da Suécia com 75 mil e da Itália com 63 mil.
Na cimeira de emergência de 23 de Abril os estados membros decidiram reforçar os apoios monetários para as instituições que patrulham as águas fronteiriças europeias de forma a tentar mitigar o acesso marítimo ilegal, a estratégia é destruir os barcos, quanto ao que fazer aos milhares de refugiados … silêncio é que os países europeus cada vez mais velhinhos, com economias em crise e jovens também emigrantes têm agora partidos políticos de extrema-direita a crescer e que são contra a imigração.

No meio disto tudo inquieta-nos que as nossas instituições africanas não se pronunciem que não se tente encontrar uma solução para este êxodo, que o velho mundo continue a representar uma “espécie de el-dorado” e que mais uma vez sejam os outros a decidir nosso destino. 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Repressão Capilar - Jornal O País de 1 de Maio 2015

Entre indecisões escolho começar este pequeno texto com uma das músicas do saudoso Teta Lando Negra de Carapinha Dura
"Negra de carapinha dura
Não estrague o teu cabelo, me jura
Faça tranças corridinhas
Com missangas a cair
Carrapitos pequenitos
Como aqueles que vovó fazia
Pra você
Você é africana
Tem beleza natural
Vai mostrar pra todo mundo
Que essa tua carapinha
É o acabamento de uma obra sem igual
Carapinha é o acabamento
De uma obra sem igual…”
Há algumas semanas surgiu um “zum zum” cibernético sobre alguns colégios em Luanda que proibiram as suas alunas de usarem penteados naturais, penteados naturais são todos aqueles feitos com o cabelo sem utilização de produtos químicos, nos dias que correm são cada vez mais as jovens e senhoras que optam por ter os seus cabelos naturais dando azo à sua imaginação, de todos o mais conhecido e também o mais controverso é o chamado Afro ou Fro pois o cabelo fica solto e quem o usa assim escolhe penteá-lo ou não.
O que choca é que estabelecimentos de ensino coloquem regras sobre a forma como os seus discentes devem usar o cabelo, que chamem a atenção às alunas por “estarem despenteadas” e as proíbam de ir à escola….
Somos africanos e somos livres também, cabelos desfrisados ou com tissagens são formas de alterar a verdadeira constituição do nosso cabelo, nada contra quem opta por usá-las mas não seria caso de averiguar como por vezes determinadas discentes usam cabelos sintéticos mais caros que vários pacotes de fraldas?
Ironias à parte devemos aceitar a diferença e fundamentalmente é isto que está em causa, pois esta proibição absurda de não assistência às aulas por se estar com cabelo natural solto prejudica o aprendizado e a própria auto-estima dos discentes.
Está a circular na rede social Facebook uma petição que se pretende endereçar ao Ministério da Educação intitulada “Não à proibição de “penteados afro” nas escolas de Angola”.
Como cantou Teta :
“Você é africana
Tem beleza natural
Vai mostrar pra todo mundo
Que essa tua carapinha
É o acabamento de uma obra sem igual”