sexta-feira, 8 de maio de 2015

The Boat People do Século XXI - Crónica O País de 16 de Maio

Era para ter saído mas parece que vou ter que o engordar, só são 1000 e tal caracteres e têm que ser pelo menos 3000, bom a ver se lhe mexo ou se me enamoro por outro tema qualquer ...

The Boat People foi o nome dado aos vietnamitas que durante 1978-1979 fugiam da sua terra em botes/barcos apinhados de gente para escapar à guerra, tinham como países de destino a Malásia, Indonésia, Tailândia entre outros e como acontece nos dias que correm enfrentavam tempestades, piratas e os perigos de embarcações sobrelotadas.
Desde o ano 2000 já morreram no mar Mediterrâneo 22 mil deslocados e refugiados, a Europa voltou a preocupar-se com a situação quando sensivelmente há 3 semanas morreram 900 pessoas às portas de Itália.
As razões apontadas para esta fuga desenfreada em direcção ao velho mundo são as guerras, perseguições a fome e condições de vida precárias. Os líbios, sírios, somalis, etíopes entre outros pagam a traficantes por uma viagem que poderá ter como destino a morte ou na melhor das hipóteses uma breve estadia num campo de refugiados seguida de extradição, é que não são muitos os estados membros da União Europeia a acolhê-los, em 2014 a Alemanha concedeu vistos de asilo a 173 mil pessoas seguida da Suécia com 75 mil e da Itália com 63 mil.
Na cimeira de emergência de 23 de Abril os estados membros decidiram reforçar os apoios monetários para as instituições que patrulham as águas fronteiriças europeias de forma a tentar mitigar o acesso marítimo ilegal, a estratégia é destruir os barcos, quanto ao que fazer aos milhares de refugiados … silêncio é que os países europeus cada vez mais velhinhos, com economias em crise e jovens também emigrantes têm agora partidos políticos de extrema-direita a crescer e que são contra a imigração.

No meio disto tudo inquieta-nos que as nossas instituições africanas não se pronunciem que não se tente encontrar uma solução para este êxodo, que o velho mundo continue a representar uma “espécie de el-dorado” e que mais uma vez sejam os outros a decidir nosso destino. 

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